domingo, 5 de abril de 2015

Gengiva artificial




São várias as vantagens existentes nesse tratamento bucal
São várias as vantagens existentes nesse tratamento bucal
Muitas pessoas que apresentam perda de dentes perdem, além disso, estruturas ósseas e gengivas 
que podem ser recuperadas com um tratamento de restauração utilizando uma prótese, o que acaba
 por devolver a estética, o conforto, a fonética e a autoestima do indivíduo que até então se sentia
 afetado por estas perdas.

São vários os tipos de tratamentos, eles podem ser realizados através de cirurgias ósseas e/ou
 gengivais que podem reconstruir através de enxertos, ou somente com a utilização de próteses
 totais ou parciais fixas.

A gengiva artificial de porcelana ou silicone serve para pacientes que perderam os dentes anteriores
 superiores. São várias as vantagens existentes neste tipo de tratamento, se comparadas com
 cirurgias de reconstrução gengivais ou ósseas, entre elas:

- Diminuição do tempo de tratamento;
- Diminuição no custo;
- Melhor resultado estético;

Além do mais a utilização de uma gengiva artificial pode apresentar de volta todos os elementos 
que foram perdidos pela falta dos dentes, resolvendo os seguintes problemas:

- Autoestima;
- Comodidade;
- Estética.


Maxila e mandíbula: Anatomia




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A mandíbula é um osso independente articulado com o crânio
A mandíbula é um osso independente articulado com o crânio
Os ossos da face dividem-se em ossos do terço médio da face (que é constituído pelos seguintes
 ossos: osso maxilar, malar, osso palatino, esfenoide e os ossos próprios do nariz) e a mandíbula. 
Os ossos da face relacionam-se com outros ossos do crânio, delimitando estruturas importantes:
 seios maxilares, fossas nasais, cavidades orbitarias e fossas pterigomaxilares.

A maxila apresenta-se em uma forma piramidal; a sua base constitui a face lateral das fossas nasais; 
as faces constituem o pavimento da órbita e face infratemporal do maxilar, o processo alveolar do maxilar
 e a parede posterior do seio maxilar; o vértice relaciona-se com a apófise zigomática do osso zigomático.

O seio maxilar é uma estrutura que se comunica com as fossas nasais ao nível do meato médio por meio
 do Costium maxilar, que pode ter entre dois e seis milímetros de diâmetro. Já o teto do seio maxilar
 passa o nervo infraorbitário, que sai pelo orifício do canal infraorbitário, na sua parede posterior existem
 os canais dos nervos alveolares posteriores, em seu pavimento (seio maxilar) está um a dois milímetros 
abaixo do pavimento das fossas nasais. Sua capacidade é em média 30 ml no adulto; em regra a cavidade 
do seio maxilar é segmentada por septos ósseos.

Há uma importante relação de proximidade entre o seio maxilar e os dentes superiores, em uma
 ordem decrescente. Esta proximidade às raízes dentárias é a seguinte: 2º molar, 1º molar, 3º molar,
 2º pré-molar, 1º pré-molar e canino, em alguns casos a única separação entre as raízes dentárias
 e o seio maxilar é efetuada apenas pela membrana do seio maxilar. A parede interna do seio maxilar
 é revestida pela membrana do seio maxilar, que é do tipo respiratória, com epitélio colunar e ciliado, 
conforme os fatores endógenos e exógenos o movimento dos cílios é variável. 
A espessura da mucosa do seio é variável de indivíduo para indivíduo, dependendo da exposição 
a agressões exógenas e fatores endógenos. Quando o indivíduo nasce o seio maxilar apresenta em 
média as dimensões 2x1x1 centímetros. O seu crescimento médio anual é de cerca de dois milímetros
 em todos os sentidos. Quando chega por volta dos 12 anos o pavimento do seio está ao nível do 
pavimento nasale, assim, com o crescimento, o pavimento nasal vai colocando-se cada vez mais 
baixo, dificultando por isso a drenagem por meio do C
costium.

A fossa pterigomaxilar apresenta a forma de uma pirâmide invertida, situada entre o esfenoide,
 o maxilar superior e o osso palatino, e se comunica com a fossa infratemporal por intermédio da
 fissura esfenomaxilar. Contém o gânglio esfenopalatino, o nervo e artéria maxilar e o plexo venoso 
pterigóideo.

A mandíbula é um osso independente articulado com o crânio, seus principais acidentes anatômicos 
são: sínfise, corpo, canal dentário, orifício mentoniano, apófises genianas, cristas oblíquas internas e
 externas e côndilo. A articulação entre a mandíbula e o crânio denomina-se articulação temporomandibular
 (articulação gínglimo artrodial bilateral), sendo composta pela superfície articular do côndilo,
 superfície articular do temporal (cavidade glenoide), menisco, tecido retrodiscal, cápsula, ligamentos 
e músculos.

Há diversos músculos entre eles:

Masseter: apresenta uma porção interna e uma porção externa e insere-se no arco zigomático
 e na mandíbula, sendo inervado por ramos do nervo trigêmeo. O seu interesse cirúrgico está
 relacionado com a existência de hipertrofia, contraturas ou hematomas devido a traumatismos
 intraoperatórios.

Pterigóideo interno:
 situa-se na face interna do ramo da mandíbula.
 Insere-se na mandíbula e na apófise pterigoide. É inervado por ramos do nervo trigêmeo,
 o seu interesse cirúrgico deve-se à ligação íntima que apresenta com a ATM e a traumatismos 
durante a anestesia troncular.

Músculo pterigoide externo:
 apresenta dois feixes - superior e inferior. Insere-se no colo do côndilo
 da mandíbula, na grande asa do esfenoide e na apófise pterigoide. A inervação é efetuada por ramos
 do nervo trigêmeo. O seu interesse cirúrgico deve-se à possibilidade de traumatismos durante a anestesia,
 a contraturas e a hematomas.

Músculo temporal:
 insere-se na fossa temporal e na apófise coronoide da mandíbula, prolonga-se 
para o bucinador por meio de algumas fibras. O seu interesse cirúrgico deriva da possibilidade de incisão 
de algumas fibras durante a abordagem da porção anterior do ramo da mandíbula e ainda o desencadea
r de dores faciais por alterações do músculo.

Bucinador
: insere-se nas faces externas da maxila e da mandíbula. Dá consistência muscular à região
 jugal. O seu interesse cirúrgico deve-se ao fato de este músculo ser um limite importante das infecções
 odontogênicas.

Músculos da mímica:
 são inervados pelo nervo facial. O seu interesse cirúrgico deriva da decisão
 sobre a direção e tipo de incisão mais correta a efetuar e também na prevenção de descolamentos
 indevidos.

Véu do palato:
 apresenta algumas estruturas com relevância cirúrgica - canais incisivos, 
canais palatinos anteriores e posteriores, papila incisiva, rafe palatina, músculos e glândulas palatinas, 
artérias e veias palatinas e nervos palatinos.

Pavimento da boca:
Totalmente coberto por mucosa, refere-se aos seguintes acidentes anatômicos: gengiva lingual, 
placa salvares, orifício do canal de Wharton, músculos genio-hióideos e genioglossos, m
úsculo milo-hióidea e crista milo-hióidea, músculos digástricos e nervo lingual.
 A língua apresenta-se morfologicamente como um conjunto de músculos esqueléticos
 recobertos por mucosa. Existem músculos intrínsecos (longitudinais, transversais e verticais) 
e músculos extrínsecos (genioglossos, genio-hióideo e hioglosso).

Apresenta-se com um vértice, um dorso, um ventre e duas margens (direita e esquerda), suas estruturas
 anatômicas são: forâmen cego, septo mediano, V lingual, papilas filiformes, fungiformes, circunvaladas 
e foliáceas, e sua inervação faz-se por meio do ramo intermediário da corda do tímpano do nervo facial
 (2/3 anteriores) e do nervo glossofaríngeo (1/3 posterior). A irrigação da língua é efetuada por intermédio
 das artérias e veias linguais do ramo profundo lingual, as artérias da zona facial com importância cirúrgica
 são: lingual, facial, dentária inferior (alveolar inferior), infraorbitária e grande palatina. 
A artéria lingual é ramo da carótida externa. Apresenta dois ramos terminais: artéria dorsal da língua e 
artéria lingual profunda.

A artéria facial é ramo da carótida externa, estabelecendo uma curvatura no rebordo inferior da mandíbula,
 junto ao rebordo inferior do masseter. A artéria bucal é ramo da maxilar interna e percorre toda a zona
 posterior e superior da região jugal e face externa do ramo da mandíbula. A artéria infraorbitária é ramo
 da maxilar interna. Percorre o teto do seio maxilar e sai por meio do orifício infraorbitário. 

A artéria palatina é ramo da maxilar interna, a entrada no véu do palato é subperióstea, por meio do orifício palatino, e percorre longitudinalmente todo o palato. A inervação do maxilar superior é efetuada por meio dos nervos: alveolar superior posterior, infraorbitário, alveolar superior médio, alveolar superior anterior, palatino e nasopalatino.

O nervo alveolar superior posterior nasce na fossa pterigopalatina e percorre o espaço entre a membrana
 do seio e o osso maxilar. O nervo infraorbitário nasce do nervo maxilar, passando no canal infraorbitário
 e saindo pelo orifício infraorbitário. Nos casos de grande reabsorção do osso maxilar, este orifício pode 
estar entre cinco a 10 milímetros do rebordo ósseo, os nervos palatinos anteriores e posteriores percorrem
 o bordo da maxila, sendo acompanhados pelas artérias e veias palatinas.

O nervo nasopalatino tem origem na fossa pterigopalatina, percorre a as fossas nasais e o canal 
nasopalatino até chegar à papila incisiva, sendo acompanhado de uma artéria e de uma veia.
 A inervação da mandíbula é efetuada por meio do nervo dentário inferior e do nervo lingual.
 O nervo dentário inferior entra na mandíbula por meio do forâmen mandibular, percorrendo normalmente
 o canal dentário e saindo pelo orifício mentoniano, daí ele divide-se e percorre a mandíbula em vários
 canais.

O orifício mentoniano pode variar de posição, nos casos de severa reabsorção do osso mandibular
 este orifício pode localizar-se na crista óssea. O nervo lingual percorre a face lingual da mandíbula 
na sua zona posterior e mediana. A irrigação da mandíbula faz-se por meio de circulação centrípeta 
e centrífuga. Enquanto no jovem a irrigação depende da artéria dentária inferior na mandíbula 
atrófica mais de 80% do aporte sanguíneo é efetuado através de circulação centrífuga.


Cavidade oral: Anatomia



A mucosa oral apresenta cinco tipos histológicos diferentes
A mucosa oral apresenta cinco tipos histológicos diferentes
A cavidade oral se estende, superiormente, dos lábios à junção do palato duro e mole e, inferiormente,
 dos lábios à linha das papilas circunvaladas. É revestida por mucosa malpighiana, havendo pequenas
 variações histológicas de acordo com a topografia. A mucosa oral apresenta cinco tipos histológicos 
diferentes:

- Semimucosa (zona de Klein - vermelhão dos lábios): o epitélio é delgado com uma camada 
bem fina queratinizada, o córion bem vascularizado, desprovido de anexos dérmicos, que pode ter 
poucas glândulas sebáceas.

- Mucosa livre
 (zona interna inferior dos lábios, região vestibular, véu, pilares, assoalho, 
região ventral da língua e mucosa jugal).

- Mucosa aderente ou mastigatória
 (gengiva e palato duro): epitélio pouco queratinizado com 
um córion provido de glândulas salivares acessórias, fixado pelo periósteo ao plano ósseo subjacente.

- Gengiva marginal ou borda livre gengival
 (parte da gengiva que suporta os dentes e papilas 
interdentárias), epitélio não queratinizado com fibras colágenas em continuidade com o ligamento 
alveolar dentário, que une o cimento que recobre a raiz dentária ao osso alveolar.

- Mucosa lingual
 (face dorsal, lateral e grande parte da face inferior da língua); mucosa do dorso 
lingual contém as papilas gustatórias, o córion é fibroso, inserindo-se diretamente sobre o plano
 muscular.

Jugal: compartimento parotídeo e jugular superior.
Palato: linfonodos jugulares profundos, faríngeos laterais, submandibulares, região de fusão
 dos processos palatinos da maxila.
Língua: linfonodos jugulodigástricos superiores e retrofaríngeos laterais, Trígono retromolar:
 jugulodigástricos.
Lábios: pré-auriculares, infraparotídeos, submandibulares e submentoneanos.
Orofaringe: base de língua, palato mole, área tonsilar (fossa amigdaliana, pilares anterior
 e posterior e amígdala) e parede faríngea posterior.

Limita-se, superiormente pelo palato duro, inferiormente pelo osso hioide, anteriormente pelo “v”
 lingual, posteriormente pela parede faríngea posterior e lateralmente pelas amígdalas palatinas e 
pilares amigdalianos posteriores. A parede posterior é composta por mucosa, submucosa, fáscia 
faringobasilar, músculo constritor superior, fibras superiores do músculo constritor médio da faringe 
e fáscia bucofaríngea.

Dentes inferiores: Anatomia




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Os pré-molares inferiores apresentam uma anatomia bastante complexa
Os pré-molares inferiores apresentam uma anatomia bastante complexa
Incisivos inferiores

Esses dentes têm alta incidência de dois canais em sua raiz, que é maior nos incisivos laterais 
do que nos incisivos centrais. As técnicas radiográficas de dissociação de imagem são bastante
 úteis para revelar a presença de dois canais nesses dentes. Quando dois canais estão presentes,
 um estará situado na vestibular da raiz e o outro na lingual. 

Caninos inferiores


Esses dentes apresentam achatamento mesiodistal de suas raízes e, desse modo, o canal é mais largo
 no sentido vestibulolingual do que no sentido mesiodistal. Sua área de dentina na região vestibular e 
lingual do canal radicular é mais permeável que as paredes mesiais e distais. Os caninos inferiores
 podem se apresentar do seguinte modo: 

- Uma raiz e um canal. 
- Uma raiz com dois canais, que podem terminar em um único forame ou em dois forames independentes.
- Duas raízes e dois canais, que podem estar bifurcados na região média ou na região apical ou, 
ainda, fusionados. 

Pré-molares inferiores

A) Primeiro Pré-Molar Inferior 

Apresentam uma anatomia externa e interna bastante complexa: 


- Um canal e um forame; 
- Um canal que se bifurca no terço apical, terminando em dois forames independentes; 
- Um canal que se bifurca no terço médio da raiz, terminando em dois forames independentes; 
- Dois canais separados desde o terço cervical da cavidade pulpar, terminando em dois forames
 independentes, 
- Dois canais separados desde o terço cervical, terminando em um único forame; 
- Dois canais que se bifurcam em quaisquer dos terços e terminam em um único forame.
 Além dessas variações anatômicas, eles podem ainda apresentar raízes fusionadas com dois, 
três ou quatro canais. 

B) Segundo Pré-Molar Inferior 

A anatomia desses dentes pode apresentar-se bastante complexa, de modo semelhante aos primeiros 
pré-molares inferiores. 

Molares inferiores


A) Primeiro Molar Inferior 

Nos primeiros molares inferiores, apesar de sua grande maioria apresentar-se com duas raízes,
 o número de canais radiculares pode variar do seguinte modo: 

- Dois canais na raiz mesial e um canal na raiz distal; 
- Dois canais na raiz mesial e dois canais na raiz distal; 
- Três canais na raiz mesial e um na raiz distal; 
- Três canais na raiz mesial e dois canais na raiz distal. 
- Esses dentes podem se apresentar com três raízes e todas as variações anteriormente citadas. 

B) Segundo Molar Inferior 

Esses dentes podem apresentar anatomia interna e externa semelhantes aos primeiros molares inferiores.
 Na região da furca eles podem apresentar uma pequena raiz acessória na vestibular (forma peduncular). 

B) Terceiro Molar Inferior 
Muitas vezes, faz-se necessário o tratamento endodôntico desses dentes e, então, devemos considerar 
que eles não seguem um padrão anatômico caracteríticas

Dentes Superiores: Anatomia



A anatomia dos terceiros molares superiores é bastante irregular
A anatomia dos terceiros molares superiores é bastante irregular
Incisivos superiores 

Os incisivos centrais e laterais superiores apresentam anatomia bastante simples. 
Os incisivos centrais superiores podem apresentar curvatura de suas raízes para a vestibular, 
esse fato não é detectado na radiografia ortorradial e, consequentemente, deve-se tomar 
radiografias em várias angulações. Esses dentes só oferecem dificuldades na localização de seus
 canais caso estes estejam bastante atresiados. 

Os incisivos laterais superiores apresentam curvatura das raízes para a distal, geralmente 
apresentam-se unirradiculados, mas foram relatados casos de incisivos laterais superiores
 com duas raízes. Podemos citar anomalias de desenvolvimento vistas nesses dentes como
 Dens invaginatus, Cúspide Talão, radicular grooves (depressão radicular) e dentes com
 coroas cônicas. 

O Dens invaginatus também é conhecido como Dens in dente, podendo ocorrer em qualquer um. 
Mas a sua maior incidência ocorre nos incisivos laterais superiores. Normalmente, esses dentes
 podem apresentar-se coniformes (peg shape). 

Existem três tipos de Dens invaginatus, de acordo com a classificação de Oehler (1957): 

1. Tipo I -
 a invaginação do esmalte está circunscrita à área da coroa dental (não oferece dificuldade 
ao tratamento endodôntico, uma vez que a invaginação é pequena e está situada na coroa dental).
2. Tipo II - a invaginação do esmalte estende-se até o terço médio da raiz, terminando em um saco 
cego (oferece certa dificuldade ao tratamento endodôntico, uma vez que se faz necessária a remoção
 da invaginação do esmalte do interior do canal radicular).
3. Tipo III - a invaginação do esmalte estende-se até a região apical do dente, de modo a formar
 diversos forames apicais (oferece dificuldade ao tratamento endodôntico, pois deve ser 
complementado com retro obturação).

Outra anomalia que tanto pode ocorrer no incisivo central como no lateral superior é Dens Evaginatus
 ou Cúspide Talão, que consiste na evaginação da área do cíngulo desses dentes, promovendo uma
 cúspide extra. Esta presença da cúspide extra nos incisivos superiores pode causar problemas de 
estética e cárie, em virtude da dificuldade de higienização, trauma de oclusão e, ainda, irritação
 traumática da língua durante o ato mastigatório. 

O incisivo lateral superior pode apresentar uma anomalia de difícil diagnóstico, que é a presença da 
depressão radicular (radicular grooves), e está na maioria das vezes presente na lingual dos incisivos 
laterais, na área do cíngulo, estendendo-se para a raiz, podendo parar em diferentes pontos da região
 radicular. A presença desta depressão radicular pode constituir em uma via de penetração de
 microrganismos, que alimenta de modo definitivo um problema periodontal. Um diagnóstico dessa 
anomalia deve ser feito precocemente, pois é importante. O paciente deve ser orientado para 
higienizar seus dentes de modo a evitar a instalação de uma bolsa periodontal.

Caninos superiores 

Esses dentes apresentam canais com dimensões maiores no sentido vestibulolingual do que no 
sentido mesiodistal. Eles podem apresentar comprimento muito longo, em média 25.5 mm, 
variando de 20 mm até 32 mm. Os caninos apresentam curvaturas de suas raízes, que podem 
ser em muitos casos curvaturas bastante acentuadas. 

Para detectar a direção da curvatura das raízes deve-se tirar radiografias em diferentes angulações. 
Se por um acaso a curvatura apical da raiz mover em direção oposta à movimentação do cone
 de raio-X, a curvatura estará para a vestibular, caso a curvatura mova-se na mesma direção que
 o cone de raio-X, a raiz apresenta curvatura para a lingual. Os caninos superiores podem apresentar
 Dens Invaginatus Tipo III, com tratamento por retro-obturação, e um Dens Invaginatus Tipo III em 
dente extraído. 

Pré-molares superiores

A) Primeiro Pré-Molar Superior 


Normalmente esses dentes são birradiculares, sendo uma raiz localizada na vestibular e outra
 na lingual. Quando esses dentes apresentam-se com raiz única, normalmente há dois canais: 
um na vestibular e o outro na lingual, que podem terminar em um único forame ou em dois forames
 distintos. Os pré-molares birradiculados podem apresentar as suas raízes terminando em uma ponta 
bem fina, especialmente a raiz vestibular.

B) Segundo Pré-Molar Superior 


Esses dentes apresentam-se 90% das vezes com uma única raiz, mas somente poucos se 
apresentam com um único canal. Todas as observações que foram relatadas sobre os primeiros 
pré-molares superiores devem ser notadas nos segundos pré-molares superiores. 

Molares superiores


A) Primeiro Molar Superior 

Inúmeras observações têm demonstrado a alta incidência de dois canais na raiz mesiovestibular.
 O primeiro molar superior deve ser encarado como um dente que apresenta, normalmente, quatro 
canais, que podem estar distribuídos do seguinte modo: um canal na raiz vestibulodistal, um canal na
 raiz palatina e dois canais na raiz vestibulomesial. 

A presença de dois canais na raiz vestibulomesial é bem alta. O canal principal dessa raiz é mais
 amplo que o segundo, que normalmente está localizado mais para a porção lingual da raiz
 vestibulomesial. A presença de um sulco no assoalho pulpar, saindo do canal principal, é um forte 
indicativo da presença do segundo canal nesta raiz. 

B) Segundo Molar Superior 

Esses dentes apresentam variação no número de raízes. Eles podem apresentar duas,
 três e até mesmo quatro raízes. Dens invaginatus podem ser encontrados nos segundos molares
 superiores (Costa et al., 1990). 

C) Terceiros Molares Superiores 

A sua anatomia é bastante irregular. Podem apresentar-se como um molar comum, assim como
 anatomia completamente irregular.


Fibras Gengivais





Grande parte das fibras são compostas por colégeno
Grande parte das fibras são compostas por colégeno
A maioria das fibras é composta de colágeno, com aportes menores de fibras elásticas e fibras 
do oxitalânicas. As fibras elásticas e oxitalânicas estão comumente confinadas na região perivascular,
 embora as fibras oxitalânicas também sejam encontradas como fibras magras empacotadas dentro 
de regiões ricas em colágeno, como a lâmina própria.

Os fibroblastos formam uma rede de células interconectadas. Os espaços intercelulares são cheios 
com fibras e matriz intercelular, material como geleia, em que as fibras estão embutidas. 
Os fibroblastos são responsáveis pela produção das fibras, eles também são capazes de remover 
fibras durante o remodelamento dos tecidos gengivais.

Muitas das fibras do tecido conjuntivo gengival são compostas de colágeno. O volume de colágeno
 é tipo I, a forma mais abundante de colágeno no corpo humano. A unidade estrutural do colágeno
 tipo I são tipicamente fibrilas estriadas com características padrões que se repetem a cada 64 nm.
Este resultado da união do arranjo em embalagem das moléculas do colágeno supre as fibrilas.

1. Fibrilas de colágeno tipo I: estão normalmente organizadas dentro pacotes de fibrilas ou fibras.
 Elas são encontradas por toda a lâmina própria.
2. Fibras colágenas tipo III: são mais finas que o tipo I e tendem a se encontrar fechadas aos canais
 vasculares da lâmina basal e tecido epitelial.
3. Fibras gengivais - Ancoragem, Elástica e Oxitalânicas Colágeno tipo VII: são encontradas
 como fibrilas ancorando, localizadas em contato íntimo com a lâmina basal epitelial. Além disso,
 a forma fibrilar do colágeno mencionado acima, colágeno tipo IV, uma forma amorfa de colágeno, 
é encontrado na lâmina basal do epitélio de revestimento e paredes dos vasos sanguíneos,
 primeiramente na lâmina densa.
4. Fibras Elásticas são bastante escassas na lâmina própria. Elas são o mais comum constituinte 
da submucosa de revestimento. Consistem de dois componentes maiores, microfibrilas feitas de
 fibrilina e um componente amorfo, elastina, que fornece a fibra com suas propriedades elásticas.
5. Fibras oxitalânicas é um tipo de fibra relacionada às fibras elásticas. Estão relacionadas com
 o tipo de fibra elástica. Elas parecem consistir unicamente do componente microfibrilar, parecendo 
muito com fibras elásticas imaturas.

Gengiva: Vasos e Nervos


Os vasos são a base do suporte sanguíneo para a gengiva


Os vasos são a base do suporte sanguíneo para a gengiva
Suporte sanguíneo: A base do suporte sanguíneo para a gengiva se origina dos vasos de sangue
 do ligamento periodontal, dos espaços medulares do processo alveolar e do sangue dos vasos 
supraperiostais. Notamos, então, que vem destes vasos o maior fornecimento do sangue pelo plexo 
capilar, que está localizado no tecido conjuntivo adjacente ao epitélio oral e ao epitélio juncional.

Linfáticos: Os tecidos gengivais são abastecidos com vasos linfáticos que drenam principalmente 
aos nódulos linfáticos submaxilares.

Nervos: Os ramos do nervo trigêmeo fornecem funções sensoriais e proprioceptivas. 
A anatomia dos nervos está associada com a vascularidade. 

Interações epiteliais: Estas interações do tecido conjuntivo e do epitélio adjacente têm efeito
 significante na diferenciação do tecido epitelial. A densa lâmina própria encontrada sob a mucosa
 mastigatória é responsável pela manutenção do epitélio escamoso estratificado queratinizado que
 o reveste. O tecido conjuntivo solto que suporta o epitélio de revestimento não queratinizado é 
estritamente responsável pela ausência de queratinização neste epitélio.
Se pegarmos um enxerto de tecido contendo lâmina própria da mucosa mastigatória do palato duro
 e o transplantarmos, cobrindo uma região pobre de mucosa queratinizada, isto induzirá o epitélio a
 ter um crescimento acima da queratina, mesmo que este epitélio se origine de uma superfície 
adjacente não queratinizada da mucosa. Esta propriedade do tecido conjuntivo para modular
 a diferenciação do epitélio revestido é proveitosa nos procedimentos
 cirúrgicos para reconstrução.